quinta-feira, 25 de julho de 2013

Empresas Familiares – Performance Organizacional

Ao contrário do que estamos habituados a ver/ler/ouvir uma Empresa familiar (EF) não é necessariamente uma pequena empresa, não tem práticas de gestão antiquadas, não existe apenas para garantir a subsistência de uma família e especialmente não é uma empresa sem perspecivas de crescimento.
“EF é aquela em que uma família detém a maioria do seu Capital Social ou exerce uma influência inequívoca e determinante nas decisões estratégicas e gestão da empresa.” Pedrosa (2012).
De forma sintética as principais características das EF são: Grande resiliência;Maior dedicação; Estratégia sustentada, estável e duradoura; Recrutamento interno; Conflitos familiares e pessoais; Maior tempo de permanência da gestão de topo; Sobriedade e dilação no processo de tomada de decisão; Maior resistência à mudança.
Verificámos que as Empresas familiares têm algumas características muito específicas que podem influenciar decisivamente a performance organizacional. Foram identificados desde logo alguns benefícios do Capital Familiar como sejam: Influência familiar origina vantagens competitivas; Tempo de ligação à empresa superior nas EF; Maior racionalidade ao nível dos investimentos.
Estes benefícios revelam-se em larga margem porque foram identificados alguns factores motivacionais de compromisso. Entre eles: Diversidade de tarefas e satisfação profissional; Obrigação para com a família e empresa; Desenvolvimento de carreira segura; Possibilidade de complementar carreira nas EF com uma carreira fora das EF.
Analisando os prós e contras de todos os pontos enunciados acima e baseando-nos no estudo de Pedrosa (2012) verificámos que para todos eles existem pontos em que as Empresas Familiares obtém mais-valias ao nível de performance organizacional, mas outros pontos também se revelam mais vantajosos para as Empresas não-familiares.
Posto isto, verificámos que as Empresas Familiares têm características de maior estabilidade, fundamentais em alturas de crise económica, mas as empresas não-familiares mostram-se potencialmente mais dinâmicas o que poderá ser fator decisivo quando em crescimento económico.


Nuno Miguel Pedrosa
Gestor de Empresas